Pra quê serve esse botão? (Parte 2)

O relacionamento por internet é tão presente na rotina de todos, ultimamente, que os conceitos de vida social e virtual se misturaram a ponto de criarmos novos termos.
Hoje, temos vida social VIRTUAL e vida social REAL.



Há cerca de um mês, fui contra a corrente e escrevi uma carta à um grande amigo que havia desaparecido por uns tempos dos encontros da turma. Anexei, inclusive, um DVD de presente. Escrevi bastante, coloquei no papel todas as coisas que certamente falaríamos se ele estivesse em minha frente. Até ri um pouco, enquanto escrevia. Por fim, olhei pro garrancho da minha letra e pensei que um e-mail que tivesse exatamente as mesmas palavras e pontuações, não traria metade da sinceridade e do carinho depositados à caneta naquela folha. As emoções ficam espantosamente explícitas.


Enviei e já fiquei ansioso, inquieto. O que será que ele achou? Em tempos de e-mails que vão e vêm como telefonemas. Simples, frios, diários, rotineiros, instantâneos. Como seria receber uma carta pessoal sem esperar? Ou melhor, esperando, no máximo, um recado no Orkut! Dois dias depois, meu amigo me telefona agradecido e marca uma cervejada pro dia seguinte, com todos os amigos reunidos novamente. Antes disso, os milhares de e-mails que a turma mandou não surtiram nem metade do efeito da única carta.


Essa postagem é só pra manifestar minha satisfação em ver que certas tradições ainda têm valor. Ou melhor, têm até mais valor que antes, visto que hoje são um pouco raras.


Até mais, querido leitor. E obrigado por acompanhar o blog.

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