Pra quê serve esse botão? (Parte 1)

Eu sou do tempo em que câmeras, celulares, televisão e tocadores de mídia eram aparelhos separados. Do tempo em que videogame se jogava sentado e com uma atenção tremenda. Quando o lançamento de um álbum musical era o lançamento de um álbum musical de fato, e não a divulgação oficial das músicas que "vazaram" semanas antes. Época boa em que namoros não terminavam via internet. Pode parecer estranho, mas eu assistia os meus desenhos animados favoritos somente pela televisão. E em apenas um horário de exibição. Se perdesse o episódio, teria que me virar pra entender o seguinte ou perguntar aos amigos o que aconteceu e eu perdi.


Toques monofônicos, telas monocromáticas e vibracall era tecnologia de ponta.



Sim, sou antiquado. Velhaco mesmo. Quase empoeirado. Minha primeira memória no que diz respeito a internet é o ICQ, mas não conta muito pois era uma merda e quase ninguém tinha. Logo depois disso, os clássicos indispensáveis absolutos e límpidos MSN e Orkut. Atualmente, são tantos que dá medo de começar a listar e vir alguém nos comentários me lembrar dos que eu esqueci.


"Me add"?


Como esse é um blog que vomita todos questionamentos que assolam minha cabecinha, eis alguns que me bateram na cuca esses tempos:



O conceito de fotogenia tem que ser revisto, já que hoje uma foto pode ser corrigida digitalmente?

"Pucauso di quê" que culturas, tradições, costumes e regionalismos são cada vez mais esquecidos ou ofuscados pela tecnologia?

Quando foi que as pessoas passaram valorizar um "depoimento no Orkut" mais do que uma carta escrita de punho?


Mande sua opinião, querido leitor, comente sobre o assunto.




Até a próxima.











Uma observação em itálico no pé do texto aos espertinhos que gostam de revolucionar blogs e humilhar blogueiros: pode parecer contraditório colocar um texto desse teor em um blog, já que se trata de um manifesto sobre o excesso de tecnologia, inserido em uma mídia que resulta desse excesso. Atentem apenas para o fato de que não condeno tecnologia, pois isso sim é contraditório. Não há como evitá-la. Há, porém, maneiras de evitar a dependência dela. É disso que o texto trata. Grato.

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